quinta-feira, 22 de maio de 2014

Trabalho de Educação Infantil- Contribuição Para o ensino 

froebel

Fundou sua primeira escola em 1816, na cidade alemã de Griesheim. Dois anos depois, a escola foi transferida para Keilhau, onde Froebel pôs em prática suas teorias pedagógicas.
Froebel foi totalmente independente e crítico, formalizando os seus próprios princípios educacionais.
Na sua principal obra: A educação do homem (1826) ocorre a afirmação que:
"A educação é o processo pelo qual o indivíduo desenvolve a condição humana, com todos os seus poderes funcionando com harmonia e completa, em relação à natureza e à sociedade. Além do mais, era o mesmo processo pelo qual a humanidade, como um todo, se elevando do plano animal e continuaria a se desenvolver até sua condição atual. Implica tanto a evolução individual quanto a universal".
Cada objeto do Universo é parte de algo mais geral e também uma unidade e se for considerado em relação a si mesmo. A atividade produtiva exige a integração da memória, da percepção, do raciocínio, da vontade com os nervos, músculos e órgãos sensoriais.
Para Froebel, o indivíduo é no campo das relações humanas uma unidade, quando considerado em si mesmo, mas relacionando-se com um todo maior.
Froebel também defendeu o desenvolvimento genético, destacando a continuidade do desenvolvimento, bem como a unidade das fases do crescimento.
Para ele, o desenvolvimento ocorre segundo as seguintes fases: a infância, a meninice, a puberdade, a mocidade e a maturidade, todas igualmente importantes.
A infância é o período em que a criança deve ser protegida pelos pais, porque ela é dependente. As atividades motoras e os sentidos são muito importantes nesse momento da vida.
Em 1837, surge o Kindergarten (Jardim de Infância), onde as crianças eram consideradas plantinhas de um jardim, cujo jardineiro seria o professor. A criança se expressaria através das atividades de percepção sensorial, da linguagem e do brinquedo. A linguagem oral se associaria à natureza e à vida.
Froebel foi o primeiro educador a utilizar o brinquedo, como atividade, nas escolas; as atividades e os desenhos que envolvem movimento e os ritmos eram muito importantes. Para a criança passar a se conhecer, o primeiro passo seria chamar a atenção para os membros de seu próprio corpo, para depois chegar aos movimentos das partes do corpo.Os blocos de construção, chamados de materiais específicos, eram usados pelas crianças nas suas atividades criadoras. Se trabalhava com outros tipos de materiais, como: papel, papelão, argila e serragem.
Froebel idealizou recursos sistematizados para as crianças se expressarem, dando o nome de "dons" porque Deus oferecia para que as necessidades infantis fossem bem desenvolvidas. Os chamados "dons" eram a bola, o cubo e o cilindro.
Os blocos eram utilizados em uma medida bem restrita, enquanto as demais atividades eram mais livres.
No período da meninice - dos seis ou sete anos aos nove ou dez anos - a instrução e a preparação para a firmeza da vontade eram valorizadas. As atividades construtivas eram bem variadas e cada menino cuidava do seu próprio jardim, passando para atividades comunitárias com dois ou mais meninos.
Nesta fase, os brinquedos possuem uma característica mais intencional porque contribui para a formação das qualidades morais. As histórias, os mitos, as lendas, os contos de fadas e as fábulas tinham um enorme valor para Froebel.

Algumas das principais idéias do trabalho de Froebel:

* A educação baseia-se na evolução natural das atividades da criança;

* As atividades espontâneas adquirem um desenvolvimento verdadeiro;

* Na educação infantil o brinquedo é fundamental;

* Para conseguir integrar o crescimento de todos os poderes: físico, mental e social, Froebel, variou nas atividades construtivistas;

* A atividade construtivista pode causar uma grande harmonia e espontaneidade no controle social;

* Os currículos das escolas devem estar baseados nas atividades e interesses desde o nascimento e em cada fase da vida infantil;

* A humanidade ainda está em processo de desenvolvimento, e a educação ainda é a melhor solução para um futuro melhor;

* O futuro desenvolvimento da raça depende exclusivamente da educação das mulheres;

* O saber não resume-se em um fim em si mesmo, mas funciona relacionado com as atividades do organismo.
Crianças de um jardim-de-infância brasileiro: brincadeiras para desenvolver a criatividade
Froebel considerava a Educação Infantil indispensável para a formação da criança – e essa idéia foi aceita por grande parte dos teóricos da educação que vieram depois dele. O objetivo das atividades nos jardins-de-infância era possibilitar brincadeiras criativas. As atividades e o material escolar eram determinados de antemão, para oferecer o máximo de oportunidades de tirar proveito educativo da atividade lúdica. Froebel desenhou círculos, esferas, cubos e outros objetos que tinham por objetivo estimular o aprendizado. Eles eram feitos de material macio e manipulável, geralmente com partes desmontáveis. As brincadeiras eram acompanhadas de músicas, versos e dança. Os objetos criados por Froebel eram chamados de "dons" ou "presentes" e havia regras para usá-los, que precisariam ser dominadas para garantir o aproveitamento pedagógico. As brincadeiras previstas por Froebel eram, quase sempre, ao ar livre para que a turma interagisse com o ambiente. Todos os jogos que envolviam os ‘dons’ começavam com as pessoas formando círculos, movendo-se e cantando, pois assim conseguiam atingir a perfeita unidade, era importante acostumar as crianças aos trabalhos manuais. A atividade dos sentidos e do corpo despertariam o germe do trabalho, que, segundo o educador alemão, seria uma imitação da criação do universo por Deus.

Pestalozzi, o teórico que incorporou o afeto à sala de aula
Para a mentalidade contemporânea, amor talvez não seja a primeira palavra que venha à cabeça quando se fala em ciência, método ou teoria. Mas o afeto teve papel central na obra de pensadores que lançaram os fundamentos da pedagogia moderna. Nenhum deles deu mais importância ao amor, em particular ao amor materno, do que o suíço Johann Heinrich Pestalozzi (1746-1827).

Antecipando concepções do movimento da Escola Nova, que só surgiria na virada do século 19 para o 20, Pestalozzi afirmava que a função principal do ensino é levar as crianças a desenvolver suas habilidades naturais e inatas. "Segundo ele, o amor deflagra o processo de auto-educação", diz a escritora Dora Incontri, uma das poucas estudiosas de Pestalozzi no Brasil. 
A escola idealizada por Pestalozzi deveria ser não só uma extensão do lar como inspirar-se no ambiente familiar, para oferecer uma atmosfera de segurança e afeto. Ao contrário de muitos de seus contemporâneos, o pensador suíço não concordava totalmente com o elogio da razão humana. Para ele, só o amor tinha força salvadora, capaz de levar o homem à plena realização moral - isto é, encontrar conscientemente, dentro de si, a essência divina que lhe dá liberdade. "Pestalozzi chega ao ponto de afirmar que a religiosidade humana nasce da relação afetiva da criança com a mãe, por meio da sensação de providência", diz Dora Incontri.

Maria Montessori

Seus pais Alessandro Montessori e Renilde Stoppani eram católicos bastante religiosos e conservadores que acreditavam que a mulher  deveria se dedicar ao lar, aos serviços sagrados  de amor a Deus e ao próximo.
Entretanto, Maria Montessori rompeu com esta tradição e em 1896 entrou para a história como a  primeira mulher italiana a se tornar médica, pela Universidade de Roma. 
Como médica, conheceu o internato do  hospital psiquiátrico da universidade e pode observar muitas crianças que tinham distúrbios mentais e/ou dificuldades de aprendizagem e acabou concluindo que muitas daquelas crianças precisavam não de um hospital psiquiátrico, mas de uma escola, para que pudessem desenvolver suas habilidades.
Neste meio tempo, Maria Montessori conheceu Giuseppe Montesano, médico e professor da Universidade de Roma, com quem se envolveu e teve um menino, Mário Montessori. Mas infelizmente, por ironia do destino, o pai do seu filho, decidiu casar com outra moça e, para evitar escândalos, afastou o menino de sua mãe.
Se hoje, ainda existem tantos mexericos quando uma moça aparece grávida solteira, imagine este fato em 1900.
Maria Montessori, que educou tantos meninos e meninas, não pode exercer a maternidade, fato que a marcou profundamente, mas que não a impediu de  dedicar-se mais profundamente aos estudos da Pedagogia, Psicologia e Antropologia para encontrar os melhores meios de educar as crianças.
Ela estava convencida de que o sucesso da aprendizagem dependia principalmente, dos primeiros anos da infância.(eu também acredito nisso).
Ela observou que as crianças da sua época eram criadas sem direito à liberdade, à experimentação do mundo. Eram  criadas em um universo planejado para os adultos, tanto que as crianças muitas vezes eram vestidas como eles.Na escola, por exemplo, a lousa era da altura do adulto e não da criança.

Fundadora das Casas dei Bambini (Casa das Crianças), Maria Montessori acreditava que o sucesso da educação está em tornar as crianças o centro do processo ensino/aprendizagem, o que vai na direção oposta ao sistema tradicional de ensino que é focado apenas no professor (no adulto), naquilo que ele sabe e julga importante.
Duas eram as principais diretrizes de Maria Montessori: a educação pelos sentidos e a educação pelos movimentos.
E o que seria esta Educação pelos Sentidos?
Aprender sobre  o mundo através da experimentação dele. A educação pelos sentidos (o que é salgado, a diferença entre duro e macio, os diferentes sons etc) aumenta consideravelmente a capacidade cognitiva das crianças.
E a educação pelos movimentos?
É quando a criança pode explorar o espaço através dos movimentos, sendo orientada e não reprimida o tempo todo. Desta forma ela  desenvolve autonomia e segurança. Um jeito de se ensinar através dos movimentos é a prática da dança ou dos esportes.
Dentro da perspectiva de Montessori, dar liberdade à criança significa dar a ela o poder de escolha, desta forma ela se sente mais motivada para trabalhar e aprender.
Maria Montessori foi a responsável pela criação de mobiliário adequado ao tamanho das crianças para dar-lhes condições de explorar melhor os ambientes na educação infantil.(Antes dela, não haviam cadeirinhas, mesinhas e objetos pensados para as crianças. Ser criança significava ser um "mini adulto", sem voz e vez)
Através de suas pesquisas, ela percebeu que não existiam crianças “incompetentes para aprender”, mas sim um sistema de ensino  que não levava em consideração a capacidade e o potencial criativo das crianças.
Se crianças tidas como anormais conseguiam excelentes resultados, mesmo quando comparadas aos alunos normais das escolas regulares, fica evidente que  os alunos estavam e estão expostos a um sistema de ensino que não é adequado para estimular o aprendizado das crianças.
Maria Montessori não foi apenas uma boa educadora e cientista. Ela soube agir com amor e firmeza, sempre pensando no que era melhor para as crianças.
Sua história é um exemplo de que não podemos parar em nossos limites pessoais e históricos e que há sempre alguma coisa pra se fazer e que amparar a criança é cuidar para que existam mais  adultos felizes no futuro.



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